Aparentemente tem uma ótima saúde espiritual para entender a magia e estar participando desse teste. Antes de tudo, devo relembrá-la que a magia é algo vivo e dependemos tanto dela quanto ela de nós. "Respeite para ser respeitado".

Sua missão para se tornar apta à ser uma de nós é uma forma de entender como você manipula sua criatividade e a forma a qual prefere a narração.

A missão consiste em um "monólogo" de aventura com os seguintes quesitos:

• Está conhecendo os arredores do Vilarejo Kamikaze (A reação, os moradores, construções e curso é por sua conta nesse momento.).
  
• Encontrar o Xamã Dos Ventos por sorte, e ele lhe contar sobre a guilda
  
• Fazer uma missão para ele que consiste em destruir alguma besta mágica que aparentemente atrapalha o caminho do vento.
  
• Reportar o desfecho, e ele lhe entregar um mineral verde para confirmar sua entrada na guilda.
  

Sem limite de ações, sem limite de posts. Não precisa copiar um texto bíblico, mas pense que quanto mais detalhes, mais fácil é de imaginar a cena e tornar o RPG mais vivo.

Boa sorte~

- Creio... Que estou me aproximando do meu destino.

Eu estava viajando há mais de uma semana, sem parar. Deixar o orfanato havia sido a coisa mais difícil que fizera em minha vida. Agora estava só, entregue à própria sorte, com uma mochila repleta de sonhos, os quais eu estava começando a buscar agora.

Eu estava em uma área correspondente a um pequeno vilarejo. Eu tirei uma folha de papel amassada do bolso e a estiquei, de modo que pudesse ver o mapa, desenhado às pressas nele. Se o mapa estivesse correto, eu estava próxima dos arredores do vilarejo Kazekami. Os ventos estavam soprando cada vez mais fortes, levantando a poeira do chão e minhas roupas. Era como se eu estivesse entrando em território deles. Esbocei um sorriso. Eu não ia desistir.

Continuei caminhando. O sol estava a pino, de modo que, quando parei para comer alguma coisa e abri a mochila, qual não foi minha surpresa ao ver meus suprimentos derretidos. Com um suspiro, enrolei todos em uma sacola. Jogaria-os no lixo assim que encontrasse um.

Depois de mais alguns minutos de caminhada, visualizei algo. Esfreguei os olhos, temendo uma miragem ou algo do tipo, mas era nada mais, nada menos do que o vilarejo Kazekami. Caminhei até a entrada e parei, apreensiva. Dei uma espiada para dentro do vilarejo. Tudo parecia normal.

Com passos hesitantes, caminhei em direção à entrada, e lá parei. O vilarejo era diferente do que eu imaginava.

Era um vilarejo calmo. Os moradores passavam, com sacolas de compras, acompanhados ou sozinhos, conversando e rindo. Parecia um lugar feliz.
As construções eram muito interessantes. Apesar da distância, consegui visualizar o prédio mais destacado do vilarejo: a Guild Cait Shelter.

Meu coração se encheu de alegria. Eu tinha finalmente chegado. Sabia que não iria ganhar tudo de mão beijada, e não queria isso. Queria provar meu valor, mesmo que esse fosse pouco e reduzido... Estava ansiosa, e isso me deixava nervosa. Suspirei, tentando manter a cabeça no lugar.

"Vai dar certo", pensei comigo mesma. Eu tenho fé que tudo vai dar certo.

Caminhando com passos trôpegos, entrei no vilarejo. Os ventos cantavam em meus ouvidos, e eu fechei os olhos momentaneamente. Ao abri-los de novo, um homem idoso estava parado, sentado no chão, à uma pequena distância. Supus que não existissem mendigos no vilarejo, mas pelo visto eu estava errada.

O homem chamava minha atenção. Ele me observava atentamente. Me aproximei, um tanto temerosa. Ele abriu um sorriso simpático:

- Jovem moça - disse ele, em uma voz suave e calma - Teria uma pequena ajuda para este pobre mendigo?

- Claro - dei-lhe um sorriso caloroso e puxei a mochila das costas. Remexi em minhas coisas, mas estava sem dinheiro e sem suprimentos. Cabisbaixa, joguei a mochila de volta para minhas costas - Ah... Me desculpe, mas não tenho nada para dar ao senhor. Tem alguma coisa que eu possa fazer por você? Posso ajudá-lo em algo...

O homem balançou a cabeça. Parecendo um tanto triste, ele deu um sorriso:

- Não se preocupe. Sei que sua vontade de ajudar é sincera, ainda que não possa.

- Do que você precisa, meu caro? - perguntou um senhor, aproximando-se de nós. Ele olhava para o mendigo com solidariedade. Este pareceu ruborizar, e eu não entendi bem o porquê.

- De nada, senhor. Apenas de alguma comida. Ainda não comi hoje...

- Isso não é problema. Que os ventos transformem-se em correntes da bondade para contigo - sussurrou ele, e o vento soprou mais forte, como se respondesse ao seu chamado.

E então ele se voltou para mim.

- Ah.. Olá. Eu sou uma viajan...

- Não é necessário se apresentar. Já sei o que você procura - Ele estendeu a mão - Sou o Xamã dos Ventos.

- Ah.. Ah.. E-Eu.. Eu sou Anne... - engoli as palavras. Nunca imaginaria que encontraria, por acaso do destino, o Xamã dos Ventos do vilarejo Kazekami.

- Seu coração bondoso me informa que está a procura da guilda do vilarejo Kazekami. - ele sorriu novamente.

Eu não sabia o que falar. Tinha chegado ao meu destino e encontrado o Xamã. Sabia que, a seguir, tudo se tornaria mais difícil. Mas respirei fundo.

- O que... O que o senhor pode..

- Contar-lhe sobre a guilda?

Dei uma risada sem graça.

- É.

- Bom, a Cait Shelter tem como Líder Yukki. Ela a ergueu com alguns outros magos de nosso vilarejo. Ela é uma manipuladora dos ventos.

"Do mesmo jeito que eu manipulo a água?" - perguntei-me. Nunca tinha encontrado um mago que manipulasse o vento. O vento é o elemento da liberdade e da renovação. Deveria ser ótimo manipular um elemento tão vivo e transmutativo.

- A guilda possui um estilo tradicional nativo. Cheia de cores vibrantes, é um lugar feliz, como o resto do vilarejo. Seus membros prezam a diversão, e a "Dança para a Lua" é o ápice dela.

- Gosto de danças... - sorri brevemente. Ele riu - A Cait Shelter parece ser tudo com o que tenho sonhado desde que... Bom, desde que iniciei essa viagem...

- Eu darei uma missão à você.

O quê? Mas, como? Eu nem havia descansado, nem comido nada! Eu havia acabado de chegar de viagem, e só procurava por um bom lugar para desmaiar. Mas eu não podia recusar. Simplesmente não podia. Era o meu destino, chamando por mim, e eu precisava atender a esse chamado. Respirando lentamente, tentando manter as pernas duras para que elas não ficassem bambas, eu o olhei nos olhos. Eles reluziam de sabedoria. Meu medo e cansaço foram substituídos por ansiedade. Seja qual fosse a missão, eu a faria, até que minhas forças minassem. Com um meio sorriso de nervosismo, eu lhe respondi:

- Eu aceito. - engoli em seco - Qual será a missão?

- Há alguns metros dos arredores de nosso vilarejo, um goblin de fogo está servindo de barreira para os ventos que vem do norte. Quero que você procure-o e derrote-o. Em seguida, venha reportar o desfecho dos acontecimentos para mim.

Eu engoli em seco novamente. Assenti com a cabeça, ansiosa demais para falar. Dei meia-volta e saí novamente do vilarejo.

Colocando a mão na frente do rosto para amenizar o sol, olhei ao redor. Não havia visto antes, mas, a uma pequena distância, havia algo semelhante a uma pedra. Supondo que aquilo fosse o goblin, estiquei-me rapidamente e preparei-me. Embora sentisse vontade de correr para encurtar o caminho mais rapidamente, caminhei até a "pedra".

Enquanto caminhava, senti o poder que os ventos tinham sobre mim. Era maravilhoso andar com aquelas correntes, tão suaves, e tão poderosas. O vento estava começando a ter destaque sobre mim. Ao me aproximar da pedra, diminuí o ritmo da caminhada. O goblin parecia estar ressonando, sentado no chão. Tinha, aproximandamente, dois metros de altura, ou seja, era grande e incrivelmente fedido. Torci o nariz e avancei.

O que fazer para acordá-lo? Peguei uma pedra no chão e lancei em sua direção. Nada aconteceu.

Talvez aquela pedra fosse pequenina demais? Peguei uma pedra um pouco maior e, mirando em seu rosto pegajoso, lancei. A pedra quebrou-se em seu nariz curvo, e ele abriu os olhos abruptamente, urrando de dor. Um líquido brilhante e vermelho em seu rosto me informava que seu nariz estava quebrado. Graças a mim.

Ele se levantou, possesso. Eu recuei. Tinha que vencê-lo. Ele provavelmente usaria a força bruta contra mim. Grande foi meu engano, ao ver que ele conjurara pedras, do nada, e lançava-as contra mim. Com um grito, saí do caminho delas, que se espatifaram no chão.

- EI! Não vale vingança! - Joguei a mochila no chão e levantei as mãos. Se eu tinha que vencê-lo com força bruta, faria isso!

Com um salto, corri em sua direção. Desviei-me de seu punho e dei a volta nele. Com um impulso, me agarrei em suas costas e o escalei até o topo de sua cabeça, enquanto ele de debatia violentamente para me tirar de lá. Agarrei seu pescoço, tentando torcê-lo. Duro demais. Duro feito pedra. E foi uma delas que me acertou em cheio, derrubando-me de costas no chão.

- "Essa coisa é mais forte do que pensei. Não, não seja pessimista. Foi só um dos ataques que falhou. Ainda temos outras chances!" - pensei comigo mesma. Apesar do corte que a pedra pontiaguda havia aberto em meu braço, levantei-me. Com um grito, lancei-me em seu encalço. A meta era pegá-lo desprevenido, em uma abertura. Fingi que ia socá-lo, fazendo com que ele se abaixasse para me dar um murro, mas passei por debaixo de suas pernas, e, atrás dele, que era muito devagar para virar-se com tanta mobilidade. Desferi uma série de chutes, e me apoiei com uma das mãos no chão, enquanto dei um empurrão em suas costas, com ambas as pernas. Ele fraquejou e caiu de joelhos. Levantou-se rapidamente, bufando para mim.

- Você não pode ser invencível... - pensei em voz alta. O goblin, enfurecido, lançou-se em uma corrida atrás de mim.

- GRRRRRRRRRRRRRR! - grunhia ele, pesadamente. Seus passos balançavam o chão. Forçando meu corpo ao máximo, lancei-me em uma corrida desabalada para manter uma boa distância entre mim e o goblin. Ele parou por um momento, estupefato.

- Eu posso correr rapidamente, você não pode! - zombei. Ele pulou no lugar, enfurecido, ameaçando avançar até mim. Eu respirei fundo. E então me lembrei. Em minha mochila havia um par de manoplas recém-compradas. Elas eram usadas, claro, mas eu nunca havia usado-as. Caminhei rapidamente até minha mochila, abri-a rapidamente, e puxei as manoplas. Nesse meio tempo, o goblin tinha percorrido a distância entre eu e ele e avançava para mim. Pulei, saindo do caminho, e vi minha mochila se desfazer, sendo pisoteada pelo monstro.

- Aaaaah, ela era nova... - suspirei, triste. O goblin voltou-se para mim, chutando os restos de minha mochila para o lado. Eu pus as manoplas. Elas eram negras com alguns detalhes em branco, como o desenho de duas asas e um cristal. Eu havia me apaixonado pelas manoplas quando as comprara, isso logo após sair de Magnolia. Elas iriam derrotar seu primeiro monstro. Batendo os punhos, avancei para o goblin, novamente, empunhando as manoplas. Ele tentou me agarrar, mas, com um salto, passei por cima de sua cabeça. Em suas costas, novamente, desferi uma série de golpes, mirando seus pontos vitais, como a base das costas, os pulmões e o estômago. Ele arfava a cada golpe recebido. Não era rápido o suficiente para se virar e pegar-me de suspeita. Nas duas vezes em que ele se virou, acompanhei o movimento, como numa dança, sempre mirando suas costas. Para finalizar, com outro salto, me pus em sua frente, e desferi um golpe em seu peito. Senti algo vibrar lá dentro, e parar. O goblin caiu, enfraquecido pelas execuções com as manoplas. E qual não foi minha surpresa ao ver meu adversário transformar-se em poeira, que foi levada pelo vento.

Eu caí, cansada. Não tinha usado magia pois não tinha nenhuma, além da troca de forma do meu próprio corpo, que era a única magia que eu possuía atualmente, pois fazia parte de mim... Era algo que eu fazia desde criança. Eu me sentia exausta, e mal conseguia me mexer. As manoplas haviam ajudado. Quando não tive minha magia para recorrer, meu corpo atendeu o chamado. Eu retirei as manoplas, e olhei para elas com carinho. Haviam decidido a batalha.

Caminhei vagarosamente de volta para o vilarejo. O Xamã dos Ventos aguardava na entrada, sereno e sorridente.

Eu voltei ao chão, e caminhei até ele, com as manoplas nas mãos. Frente à frente com ele, recitei:

- A missão foi cumprida. Goblin destruído com sucesso. Sem danos posteriores. A passagem para os ventos está devidamente liberada novamente.

Com um suspiro, completei:

- Anne Nemophilia reportando sua missão, requerida pelo Xamã dos Ventos.

- Missão aceita. Aqui, pegue isto - ele estendeu a mão. Um pequeno mineral verde repousava nela. Eu estendi a mão e peguei-o.

- Isso confirma sua entrada na guilda. Meus parabéns, Anne Nemophilia. - ele sorriu. E apontou para a frente. - Você já sabe para onde ir. Para lá, é onde o seu destino lhe espera.

- Obrigada, Xamã dos Ventos - fiz uma reverência e, encolhendo novamente as asas, caminhei em direção à construção da guilda. Na entrada, parei e bati duas vezes. Como não houve resposta, empurrei a porta. O salão principal abria-se para mim aparentemente deserto. Havia um trono adiante, e alguém estava sentado nele. Com alguns passos hesitantes, me aproximei um pouco. Sussurrei, baixo, mas sabia que aquela pessoa conseguiria me ouvir:

- Eu trago um mineral verde, dado pelo Xamã dos Ventos como recompensa por derrotar uma besta mágica nos arredores do vilarejo, como confirmação da minha entrada na guilda. - e, num sussurro mais baixo, continuei - o meu nome é Anne Nemophilia. É um prazer conhecer você.


PS:
Yukki-san, caso não tenha gostado de alguma parte, como a parte das asas que minha personagem tem, pode falar que eu edito. O final também, eu não sabia o que colocar, então improvisei. Espero que esteja bom. Não sou boa em fazer monólogos, me desculpe por qualquer erro =/

Anne, eu adorei tudo o que fez, mas. . . você não pode ter asas, magias ou itens mágicos do porte (conversando com o Zack e mach para ver se podiam).
Eu adorei você ter lido sobre a guild, e ficou muito bom. Mas se não fosse pelas coisas acima, eu realmente teria lhe aprovado.

Aah.. Certo então. Teria como eu editar ou a avaliação já foi instantaneamente cancelada?

Na realidade eu não usei magia. As manoplas não seriam exatamente itens mágicos de porte, seriam apenas armas, e foram usadas com força bruta, com artes marciais... Luta corpo-a-corpo... O único item mágico que eu usei foram as asas, eu acho =/

Mas, de qualquer modo, fico muito feliz que tenha gostado, fora esses erros. Fiz com muito esforço ^-^

Pode editar.
Ficou ótima. Ahhh. É que a forma que falou das manoplas, elas pareciam "mágicas". Manoplas okay.

Pronto, editado ^-^
Apenas deixei uma 'transformação' do meu corpo em água, que não é exatamente uma execução de magia, já que a Juvia Loxar, que tem o mesmo poder, não executa nenhuma magia para transformar seu corpo em água, sendo isso automático pra ela. Mas se quiser eu posso editar isso também (:

Obrigada por me dar essa segunda chance, Yukki-san \õ/

Spoiler:

Jubei = eu.
Então pedirei que novamente edite~ Só isso que está incorreto. ^^

# - Mach: Tente pensar assim Anne: Pense que você é um ser humano comum, que descobriu sua magia "ontem", pronto, a partir disto, faça sua história.

Certo. Edited ^-^

Well done.
Seja bem vinda à guild. Segunda eu libero os trabalhos. . . estou doentinha.