_______________________________________________________

Yukki estava sentada em seu trono como de práxis, abanando seu rosto enquanto deixava os outros magos aproveitarem a brisa diurna que invadia a guilda pela porta aberta. O barulho das folhas arranhando a superfície de madeira ao ritmo de vento entoava uma melodia eufonia para quem tinha a sorte de está na fortaleza dos ventos de Kazekami.
A jovem novata estava olhando as mesas de pedra em busca de sua primeira missão. Companheiros de guilda buscavam suas missões, o que fazia a jovem se perder entre braços que surgia por cima de seu ombro para buscar os papéis (que não eram muitos).
A timidez em lidar com os mais velhos deixou Lyrick sem opção, a maioria preferiu batalha que consideravam mais fácil, então a jovem arcana tomou o pergaminho comentando sobre o Grimório da Arte da Guerra. O pagamento era bem alto até, talvez fosse a primeira vez que ela visse os números “350” para cair em suas mãos como o mínimo de sua competência na missão. Provavelmente não era a melhor missão dali, mas estava bom para um começo. A menina apresentou sua missão para Yukki, que sem muito reclamar meneou a cabeça positivamente para ida dela até uma cidade vizinha chamada “Theorkes”, não mais do que 30 minutos de caminhada do vilarejo.

O primeiro passo de Lyrick era buscar mais informações do livro (até mesmo com o contratante que estava nessa cidade mesmo). Não seria muito difícil, afinal, a cidade era movimentada e com clima de “todos conhecem a todos” pelo seu pequeno porte. Ela poderia arrancar fáceis informações de localizações e até mesmo outras que ela achasse importante (como locais específicos como uma Biblioteca).
_______________________________________________________

Missão: A Arte da Guerra
Objetivo: Achar a cópia original do livro.
Informações: É um grimório de magia bélica; o autor não é muito famoso (preferiu permanecer oculto); Lurick sabe aonde ele mora; a cidade é pequena; as pessoas são receptivas.

_______________________________________________________
Como é uma missão de RANK iniciante, não precisa de tanta coisa. Afinal, não é algo tão épico.
Então fiz "corrido" para tornar mais rápido para você e para mim. Qualquer dúvida, me mande MP (Se algo ficou não tão bem explicado.). Se quiser, sinta-se livre para escrever o quanto puder. Pode acelarar também dizendo que falou com alguns transeuntes enquanto ia a algum lugar e eu direi o que conseguiu no próximo post.

A rústica biblioteca abrigava altas estantes de livros que apenas pareciam existir na imaginação de escritores de histórias fantásticas mais famosas pelas Terras da garota. Cada pessoa ali não pareciam estar vivas e o local seria completamente silencioso se o barulho das páginas dos livros não fizessem barulho algum.
Ela foi recebida com olhares repentinos, mas logo pareciam ignorar a presença da garota ali, apenas traídos pelos barulhos dos calçados dela ecoando baixo quando entravam em contato com o solo de forma ritmada.
O cenário simples ela completado com a fraca iluminação exótica, que eram feitas por vagalumes mágicos atraídos para dentro de jarros devido as iscas, mas alguns vagavam pelo local já que era independentes e soltos dentro da biblioteca. Lyrick poderia sentir que estava em um lugar ímpar e talvez até paisagem para obras futuras de escritos que viessem conhecer Theorkes.

A jovem se dirigia para a estante alta de letra "A", vasculhando os títulos deslizando seu indicador sobre as capas dos exemplares organizados em ordem alfabética. Haviam diversos livros com o título "A arte", mas nenhum que realmente fosse o que ela procurava, afinal era um grimório bélico, não estaria disponível para o público tão abertamente.


-Senhorita?

A voz masculina ecoou de entre os vãos da estantes, e a figura emergia da "esquina" em direção à garota. Possuia passos ensaiados e postura airosa. Carregava consigo uma katana na lateral esquerda da cintura, e sua indumentária era também muito chamativa assim como os cabelos.
Ele parou ao lado da garota com um sorriso de soslaio, levando as mãos à cintura e abaixando um pouco o torso para diminuir parte da diferença entre os tamanhos.

-Buscas algo importante?

Ele nem se mexia ou demonstrava outra faceta a não ser do lado receptivo. Não de fato imaginava o que cruzava os pensamentos da menina ou tão pouco seus sentimentos, cego pela apatia própria a qual as experiências solitárias criaram. Ele apoiou a mão esquerda sobre o cabo da arma e tomou novamente a postura inicial quando finalmente a garota parecia tomar coragem para lidar com o mago.
Com o nome do artefato, ele coçou o queixo e revirou os olhos com o ar pensativo, produzindo alguns gemidos baixos enquanto pronunciava o nome do Grimório. Ele parecia conhecer, mas a informação estava esquecida em sua mente, o que levou por volta de meia-hora para ele responder. Novamente o sorriso se abriu e ambas as mãos fora de encontra às laterais da cintura, erguendo seu corpo como uma postura mais austera.

-Talvez.

Proferiu as palavras com uma entonação maliciosa, deitando o rosto contra o ombro direito para olhar a menina.

-Sabendo que isso é um título conhecido “apenas por debaixo dos panos”, eu tenho uma informação importante. Mas como toda rosa tem espinho, preciso de uma “motivação” para lhe ajudar. Então?

A aparência de “príncipe encantado” era quebrada com o interesse dele em algo em troca. Dinheiro? Informação? Ou era um pervertido!? Poderia está mentindo, afinal. Lyrick nem sabia o nome dele ou o que ele realmente era (além da postura extremamente educada). Numa cidade pequena como aquela, seria muito difícil alguém não reconhecê-lo como nobre devido seu jeito.
_______________________________________________________

Missão: A Arte da Guerra
Objetivo: Achar a cópia original do livro.
Informações: É um grimório de magia bélica; o autor não é muito famoso (preferiu permanecer oculto); Lyrick sabe aonde ele mora; a cidade é pequena; as pessoas são receptivas, Um rapaz estranho sabe de alguma coisa.
Sugestões: Sedução, mentir, ignorar, saber mais sobre ele, "enrolar".

Não foi difícil para Lyrick perceber a malicia no tom de voz do garoto, fato que despertou todos os sentidos de alerta e perigo que ela adquirira com a pouca idade que tinha apenas ouvindo as historias de jovens raparigas as quais foram feitas de trouxas por homens que sua avó adorava lhe contar nas tardes quentes do campo, ocasiões nas quais ela alertava Lyrick dos perigos do mundo lá fora e sempre estar atenta ao conversar com estranhos, oconto de fadas havia sido quebrado.

Seus olhos então focaram a katana presa na lateral esquerda de sua cintura, detalhe que até então era ignorado por Lyrick. Ela estivera perdida em seus pensamentos e sonhos, querendo na parte mais profunda de seu inconsciente acreditar que o garoto era mesmo aquele príncipe encantando no qual ela imaginara,um lampejo rápido então passou por sua mente, uma idéia que tinha tudo para dar errado como também tinha tudo para dar certo e conseguir o que Lyrick queria, a informação sobre o paradeiro do livro “A Arte da Guerra”.

- Prazer me chamo Elizabeth Chaze Swann. Sou uma intermediaria de um rico senhor feudal que deseja ter como posse a cópia original deste livro e estaria disposto a pagar qualquer quantia para possui lá.

Seus olhos focaram novamente os do homem, dessa vez com um novo brilho, mais profundo e sedutor do que o normal enquanto se colocava ereta em sua postura, agitando seu cabelo castanho graciosamente no ar de modo a fazer com que as mechas caíssem como uma cascata sobre seus ombros ao mordiscar a parte inferior de seus lábios, tomando o cuidado de fazer com que sua voz entoasse o mais doce e sedutoramente possível para uma garota de quinze anos.

Ele observou a menina ajeitar a postura e ergueu uma das sobrancelhas enquanto olhava-a agindo como se tivesse interesse nele. O rosto do garoto ficou ruborizado, afinal, a menina além de bela para os padrões também era confiante no modo de falar. Ele soltou a cintura e segurou as mangas da jaqueta em sinal de nervosismos, o jeito dela havia "desconcertado" o garoto por completo, dando-lhe gaguejar nas palavras que fugiam sem sentido de seus lábios.

-Bo-b-b-bom. Errr. . .

Como um súbito "choque", o rapaz se ajeitou, tocou a mão direita da menina após se ajeitar. A mão esquerda cruzou-se em direção ao tórax "roubando" o toque destro da garota, e seu corpo abaixou-se tocando o joelho esquerdo contra o solo e deixando a perna direita com a sola tocando o chão.

-Wayne Saberlight.

Os lábios dele tocaram a parte de trás da mão de "Elizabeth", e os olhos fecharam-se demonstrando tanto submissão como respeito à figura de sangue azul. A interpretação de Lyrick havia saído melhor do que ela imaginava. Ele deixou a mão da garota escapar por entre os dedos e Wayne se ergueu enquanto a mão dela ficava na altura do ombro novamente.


-Como é um grimório, seria muito difícil ficar por uma biblioteca, Senhorita Swan. Algo desse nível com certeza está com alguém de poder mágico ou aquisitivo razoável. Uma das poucas pessoas aqui seria o Barão Narark, ele mora no palacete no final da cidade. Se a senhorita quiser, posso colocá-la lá dentro.

Wayne estava perfeitamente "caidinho" por ela, até mesmo se aproximou da garota com uma atmosfera bem diferente.
_______________________________________________________

Missão: A Arte da Guerra
Objetivo: Achar a cópia original do livro.
Informações: É um grimório de magia bélica; o autor não é muito famoso (preferiu permanecer oculto); Lyrick sabe aonde ele mora; a cidade é pequena; as pessoas são receptivas; O livro está provavelmente nas mãos de um nobre.

Um discreto sorriso se formou no canto dos lábios de Lyrick, ela estava literalmente explodindo de felicidade e orgulho de si mesma pordentro. Seu plano estava saindo melhor do que ela um dia poderia ter imaginado, no entanto ela não podia deixar isso transparecer na figura nobre e de sangue azul de “Elizabeth”, que agora se encontrava encarando Wayne com um olhar de superioridade e sedução.

- Adoraria ter a sua ajuda, Senhor Saberlight. E posso acrescentar que o senhor será muito bem recompensado quando eu tiver em mãos o grimório.

Dessa vez um sorriso malicioso, com um pingo de encanto e desejo, se formou claramente nos lábios da jovem. Ela então deu as costas para Wayne, acenando com um leve gesto da cabeça para que este a seguisse em direçãoa saída da biblioteca, não demorando muito para ambos se encontrarem novamente nas ruas da cidade. Lyrick então se voltou novamente para Wayne, tornando sua voz a mais encantadoramente possível.

- E então Senhor Saberlinght, me mostre o caminha para o palacete do Barão Narark. E enquanto caminhamos o senhor poderia me informar como pretende me colocar lá dentro.

Lyrick então revirou os olhos sedutoramente para Wayne, repuxando uma pequena mecha de cabelo de frente de seus olhos, quase tão negros e brilhantes quanto amora, recolocando-o novamente atrás de sua orelha direita.

Com passos distintos o rapaz ostentava o recacho constantemente. Acompanhou a dama sem muito questionar, sua "paixonite" havia domado o mercenário como se realmente Lyrick tivesse intencionada de fazer o que havia prometido e fosse quem realmente interpretava como fidalguia. Wayne se posicionou ao lado da garota e engoliu seco, estava com claras intenções como se fosse um adolescente tendo seu primeiro contato com um sentimento tão forte e individual.

-Como a senhorita não tem "hora marcada" com o barão, informarei que és minha requestada. Então, colocarei-a diante do barão e você resolverá a questão do livro com ele. Acredito que sua educação e criação devem lhe ajudar bastante nesse tipo de tarefa, Senhorita Swan.

O casal começava a caminhar enquanto Wayne explicava como as coisas iriam se desenrolar. Claro que um papel nobre poderia ser difícil de se interpretar com alguém que realmente está sobre malta a anos, mas talvez o rapaz fosse enganado novamente se "Elizabeth" fosse tão convincente quanto foi com Wayne. Ela aproveitava para "aprender a andar" da mesma forma que Wayne, com o busto "cheio" e rosto erguido com o olhar de desprezo, evitando que sua mentira se desmanchasse.
Após algumas horas de caminhada os pés da garota estavam latejando de dor pela forma mais "pesada" de caminhar, o que causava certos lancinamentos vez ou outra, era difícil para quem não estava acostumada ter passos e postura tão incomodas simplesmente para expirar superioridade através dos modos de ações mundanas. Porém aquilo tudo estava para terminar quando o portão do Palacete parou ambos, e um sentinela se aproximou de Wayne ignorando totalmente Lyrick da forma machista dos "autos escalões".

-O Ilustríssimo barão de Theorke está me aguardando para mais uma de suas missões, e esta é minha musa, Elizabeth Swan.

Wayne estendia o braço em direção a menina fazendo referência a ela, e sem muito saber como lidar Lyrick apenas meneou a cabeça cordialmente para o vigilante, que convencido desfez a tranca do cadeado conjurando uma de suas magias e dando espaço para ambos continuarem caminhando pela trilha de pedra entre o jardim bem cuidado. Novamente ela sentia agulhas perfurando a sola de seus pés, mas não podia nem deixar um "ai" escapar para não estragar seu disfarce.


-Senhorita, lhe desejo boa sorte. Deve conhecer como Narark é.

Wayne deu um sorriso para menina e ajeitou o braço direito pelo dela, entrelaçando-os para formar uma ideia superior de casal. agora ela tinha um apoio para parte de seu peso e se aproveitou disso para diminuir suas dores nos pés que se fosse algum segundo a mais começaria a cambalear de tanto desconforto. A entrada foi recepcionada por um Governante que guiou os jovens até o aposento no andar superior. "Elizabeth" prestava atenção em como as coisas eram reluzentes, organizadas, e todos ali dentro (inclusive serviçais) tinham uma postura inquestionável. O teto era alto, decorado com pequenas lâmpadas que iluminavam o local inteiro em um tom amarelo claro e dava uma cor mais atraente aos ornamentos de ouro.

-Fiquem à vontade. O Honorável Barão de Theorke os aguarda.
-Amor, por quê não se apresenta ao barão!? Irei esperá-la aqui fora.

O rapaz encostou os quadris contra o parapeito do patamar, e cruzou seus braços com um sorriso nos lábios, era óbvio que estava adorando brincar de ser namorado de Lyrick ainda mais após "a recompensa". Agora bastava um único movimento para a menina ficar cara-a-cara com o dono das terras, e sentia o nervosismo correr em suas veias sabendo que se algo desse errado estaria com a missão falhada e também reconhecida como mentirosa por Wayne. Era mais do que um pervertido na biblioteca ou um grimório por 350 Jewels, poderia está pondo sua vida em jogo. A porta dupla branca parecia encará-la, apenas aguardando pela abertura desta.

Um súbito medo tomou posse de Lyrick enquanto ela se mantinha parada diante da porta dupla de coloração branca, em nenhum momento havia passado por sua mente que aquilo poderia acontecer, sua única preocupação de inicio fora em convencer o mercenário à leva lá ate onde ele dizia se localizar o grimório antigo que tanto estava procurando. Por um momento Lyrick se indagou se tinha mesmo pegado a missão certa ou havia aceitado por engano uma missão de Rank S, mas logo seus pensamentos foram aliviados ao se lembrar que Yukki, a MG de sua Guild, jamais a mandaria para uma missão como essa, “Mas vocênem tem certeza se ela chegou a ler mesmo o pergaminho de requerimento da missão que você mostrou a ela!!!” novamente uma voz, vinda de sabe se lá da onde, adentrou os pensamentos de Lyrick enquanto uma rápida lembrança de Yukki, assentindo calmamente com a cabeça enquanto parecia estar dormindo em seu trono, surgia em sua mente, ela estava realmente lascada.

A porta dupla começou a se abrir lentamente, retirando a jovem garota de todos os seus pensamentos e dúvidas que, sem ela perceber, foram jogados no canto de sua mente, não tendo mais nenhuma utilidade naquele momento. Quase que imediatamente ela retomou sua postura, inflando seu busto enquanto erguia o rosto novamente para cima, tentando forçar o melhor olhar de desprezo ao mesmo tempo em que em seu interior ela queria desabar no chão ali mesmo e começar a chorar, pedindo em desespero por sua mãe.

- Os Senhores já podem entrar, O Honorável Barão de Theorkeos espera em seu gabinete.

As portas haviam sido abertas por completo enquanto uma serviçal, de rosto bem jovem e simpático para Lyrick, se posicionava ao lado desta, deixando espaço para que a jovem adentrasse o gabinete enquanto direcionava com sua mão direita a um largo sofá branco lacrimejado com desenhos feitos de um fio de amarelo intenso, o que pareceu para Lyrick que só podiam ser feitos de ouro. O gabinete era iluminado por um grande lustre de cristais que se encontrava pendurado exatamente no centro do recinto, local onde as paredes eram recheadas de quadros, móveis, vasos e estantes que para Lyrick pareceram custar os olhos da cara.

Seus olhos então focaram Wayne, que se encontrava ainda escorado contra o parapeito do patamar, apenas sorrindo para Lyrick enquanto fazia gestos de incentivo em direção a garota com a cabeça, por um momento Lyrick teve uma verdadeira e profunda vontade de socar a cara de Wayne, no entanto se viu avançando para o interior do gabinete, um pouco demasiadamente devagar pois seus pés haviam voltando a doer devido a sua "nova" maneira de andar, enquanto a serviçal se retirava do recinto logo atrás da jovem, fechando as portas brancas ao sair.

A jovem não se demorou muito em ficar parada no meio do gabinete, preferindo se atirar logo contra o estofado dourado do sofá branco enquanto tentava se colocar na forma mais chique e confortável que ela conhecia, apesar de estar ciente de que uma coisa jamais estaria junta da outra. Fora quando uma porta brilhante de madeira chamou sua atenção, aquela porta só poderia dar para o outro cômodo aonde provavelmente seu “querido” anfitrião deveria estar, pronto para receber a nobre fidalga “Elizabeth”.

Lyrick dava com um local demasiadamente exótico. As paredes eram coloridas com listras brancas e pretas, apenas duas luminárias davam a pouca luz para o ambiente. O teto era baixo e o carpete vinho como a bebida da mesma alcunha, e ao fundo um grande quadro negro com desenhos abstratos usando giz branco e azul.
A figura atrás da mesa de marfim se levantava. Estava trajando um paletó com o lado direito branco e o outro preto, uma camisa azul-clara por baixo, uma calça laranja comprida que encobria quase todo seus sapatos pretos. Olheiras profundas estava abaixo dos olhos carmesins do homem, que tinha parcialmente a testa encoberta por um cabelo curto e picotado com o mesmo padrão do paletó que trajava.

-Olá, senhorita! Eu a conheço!?

Ele caminhou até ela em passos longos e começou a alisar as próprias mãos em movimentos circulares. Ele tinha em média 1,75m de altura e um porte nem gordo-nem-magro. Os orbes vermelhos fitaram a jovem "Elizabeth" em sua frente enquanto a voz arranhada fugia-lhe de entre os lábios finos carregados com um batom leve.

Seus olhos se manterão fixos na figura do homem por um breve período de tempo, ele definitivamente não era nada do que ela algum dia poderia ter imaginado, a aparecia cansada lhe dava até um certo tom de "humano", e não aquela coisa de senhor poderoso, dono de terras e perigoso que Wayne a havia transmitido desde que o conhecera. Lyrick então desviou seu olhar para o chão enquanto fazia uma cordial e simples reverencia para o homem, voltando a encará-lo de frente novamente.

- Me desculpe sair entrando dessa maneira em sua casa Senhor, e não, não me conheces ainda.

Ela novamente fazia uma reverencia diante do homem, dessa vez em sinal de sinceras desculpas e arrependimento, se endireitando novamente em sua postura ao voltar a falar com o Barão, dessa vez certa de que era melhor ir direito ao assunto.

- Venho em busca de um grimório bélico cujo titulo é "A Arte da Guerra", informações me disseram que o senhor teria em posse a cópia verdadeira deste livro.

O homem franziu a testa e tocou o rosto da menina com suas mãos fria como se não pertencesse mais ao Mundo dos vivos. Aquele olhar excêntrico buscou os da menina, e uma gargalhada maníaca foi expulsa de dentro do homem, que encerrou mordendo o lábio inferior e aproximando seu rosto do da menina, dando oportunidade de ela sentir o cheiro da maquiagem deste que o deixava mais pálido do que era inicialmente.

-Sem formalidades? Sem apresentações!?

Com o toque do polegar no queixo dela a obrigou dá alguns passos para trás, enquanto este erguia os braços e dava uma breve volta sobre o salto curto de seus sapatos, olhando a menina por cima de seu ombro direito com o semblante estapafúrdio. Ele rosnou um pouco baixo ao esconder seus lábios por baixo da linha do braço, e sua voz ecoou de forma séria.

-Enganou Wayne, mas não me enganas. O que você quer com o Grimório!?

Lyrick se sentiu um pouco incomodada diante da rápida"analise" do homem, na qual pareceu descobrir facilmente que ela não pertencia a nenhuma família de sangue azul, muito menos que possuía no mínimo alguma quantia em dinheiro que valesse a pena fazer negócio. Por um momento a garota pensou em mentir para o homem, tentar parecer mais convincente do que fizera com Wayne, mas dessa vez ela tinha certeza de que não iria funcionar com esse homem, preferindo falar de uma vez a verdade ou pelo menos parte dela.

- Me chamo Elizabeth Chaze Swann, e meu único interesse no grimório e para poder devolvê-lo ao homem que me contratou para buscá-lo.

Seus olhos cintilaram em direção ao homem, de certa forma perigosa e ameaçadora que sua mãe sempre lhe lançava quando pretendia repreender a garota por algum ato incorreto que ela cometera. A jovem ainda não tinha idéia do que podia esperar do velho Barão, mas fosse o que fosse ela não podia parecer fraca diante dele.

- Eu proponho uma troca, deve haver alguma coisa que você queira mais do que um grimório, eu posso até apostar que ele não tem utilidade nenhuma para o senhor.

Serei sincera, eu tive que pensar muito para não falhar sua missão.
Você incorporou uma imagem de nobre para entrar, e nem lidou
com ela. Lembre-se que você ainda "deve algo" para o Wayne.
_______________________________________________________
O homem virou-se de frente jogando o braço direito rente ao rosto durante ao giro e dando passas acelerados para se aproximar da garota novamente mostrando seus dentes serrilhados como os de um tubarão. Os dois orbes de sangue brilharam com a proposta da garota e logo outra risada fina escapuliu por entre os lábios do barão lunático que jogou a cabeça para trás para tirar os cabelos teimosos de cima dos olhos.

-Deixe-me entender. . . A ralé pode ter algo me oferecer meu meu AMAAAAADO grimório!? Se realmente houvesse algo, minha querida, EU MESMO teria conseguido por ele.

A mão direita foi de encontro ao rosto frontalmente, e ele abaixou seu queixo novamente olhando a menina por entre os vãos dos dedos enquanto esconde parte do sorriso infernal usando sua palma. A mão esquerda aponta em direção a porta e seu dedo indicador trêmulo aponta para a porta. Suas unhas já faziam marcas no próprio rosto do homem e ele começava a tremer por completo.

-Se retire de meu aposento. Grrrrr~! Eu, o grande arquimago NARARK tenho mais utilidade para este grimório do que uma pestinha que nem sabe mentir direito.

Após sua voz cessar, o homem virou-se de costas e começou a falar algo consigo mesmo a qual nem a mente de Lyrick poderia imaginar do que se tratava, era como se fosse outro idioma porém fazia um frio subir por sua espinha só de ouvir a entonação a qual ele conversava sozinho. Lyrick podia também ver um livro grosso e cinza sobre a mesa do homem, este tendo algumas runas desenhadas com tinta mágica.

Desculpa, é que eu tive que postar o último as pressas. Prometo que vou me esforçar mais para entender o rumo das tramas nas próximas vezes mesmo por que essa é a minha primeira, mas se você achar que não tem mais ssentido continuar pode dar como falhada, era melhor eu ter achado um grupo antes.
______________________________________________________________

As coisas definitivamente não haviam saído como Lyrick planejava, ela agora se via ser praticamente "enxotada" do gabinete do Barão sem questão de nenhuma cerimônia enquanto Wayne provavelmente a estava aguardando do lado defora, esperando receber alguma coisa, como se ela realmente devesse algo para ele.

Seus olhos por um breve momento foram atraídos para um livro grosso e cinza sobre a mesa do homem onde haviam algumas runas desenhadas com tinta mágica, àquele só podia ser o livro que Lyrick estava procurando há dias. A jovem então deu um rápido giro em seus calcanhares voltando a caminhar para fora do Gabinete, deixando o Barão falar sozinho consigo mesmo.

Seus olhos focaram os de Wayne ao se ver novamente fora do Gabinete do Barão, se questionando o quanto ainda podia usar o garoto, ela precisava saber o quão leal era Wayne em relação ao homem que acabara de enxota-lá de sua sala. Novamente ela ajeitou sua postura, inflando seu busto ao se recordar que Wayne ainda pensava que "Elizabeth" era uma nobre.

- O Barão não se pareceu disposto a vender o grimório por meio milhão de Jewels, você estaria disposto a fazer alguma coisa, Wayne?

Seu plano definitivamente não era um dos melhores possíveis, mas provavelmente era a única coisa que lhe restava fazer, ela não gostava nem um pouco da idéia de roubar alguma pessoa, no entanto não precisava ser necessariamente ela a fazer.

Wayne se dirigiu até a menina vagarosamente, e ouviu o que ela dizia enquanto caminhava. Os passos cessaram quando o garoto ouviu a quantia e pisou irritado quando ouviu que Narark não havia aceito a proposta de sua dama. Como em um ato de cavalheirismo, ele se aproximou do ouvido da menina e sussurrou com sua voz trêmula, carregando consigo pavor.

-Vá em direção da estante que nos encontramos. Ao chegar lá, pegue o livro com nome "A Arte da Política". Depois disso, finja que jamais me viu.

Os braços envolveram sua paixão pela altura das costas e a trouxe contra si com um cingir afetuoso de sua parte tal como uma eterna despedida. Por Lyrick talvez ele seria até mesmo capaz de matar o barão, mas ele parecia ter outra ideia.
O momento desfazia-se quando os braços de Wayne soltavam o corpo da adolescente, deixando-a dá um passinho para trás para recuperar o equilíbrio devida a altura do homem.

-Foi bom lhe conhecer, senhorita Swan.

Seus passos eram lentos, no entanto adoravelmente confortáveis, como Lyrick jamais havia notado antes, ou algum dia poderia ter notado, enquanto caminhava sozinha novamente pela estrada de terra, ela já se encontrava a alguns metros de distancia da mansão, embora essa já não pudesse ser mais vista no horizonte. A jovem ainda não tinha certeza do que havia acabado de acontecer na Mansão do Barão no entanto sentia-se um pouco culpada por ter enganado Wayne daquela maneira, provavelmente ela o havia julgado errado e no final ele se mostrara realmente apaixonado pela garota.

Seus olhos então pararam por um breve momento sobre um letreiro em frente a uma antiga construção na qual indicava se tratar da biblioteca, quando estivera ali mais cedo ela nunca poderia ter pensado no modo como as coisas iriam se suceder em seguida no entanto se sentia aliviada agora por ter conseguido sair da mansão ao menos viva e inteira.

A jovem então adentrou a biblioteca, caminhando em direção a estante aonde havia um pequeno adesivo colado em seu superfície, indicando se tratar dos livros que começavam com a letra "A", seus dedos então deslizaram suavemente sobre a superfície destes, parando ao tocarem um livro intitulado "A Arte da Política", retirando-o em seguida enquanto o reconhecia sendo o que Wayne a dissera para pegar.

Enquanto ela saia pelo portão, pode ouvir um barulho alto de coisa sendo derrubada e em seguida um baque oco bem alto nos fundos da mansão. Ela corria em direção a biblioteca aonde encontrou o garoto, mas dessa vez fazia como podia para que seus pés não a machucassem mais, mas ainda sim era muito complicado aceitar o fato que além de ter enganado um homem ainda poderia ter posto a vida dele em risco pelo trabalho dela.
Ao chega na biblioteca e se encaminhar para o livro citado, este caia no chão assim que era tocado por está na ponta, e sua capa se abria com o livro que o exemplar que a menina havia visto na mesa do barão antes de sair do local. A capa de couro era macia, e a aprte opsota das runas contia o título em letras padrões: A Arte da Guerra.

Com o exempla em mãos, Lyrick seguiu para a casa do cliente que havia pedido o livro, afinal fora-lhe 'roubado'. Ela nem preciso entrar para ver o homem sentado na porta com uma boina, sobretudo xadrez e um punhado de folhas sobre o colo que viravam alvos de suas rápidas escritas.

-É o livro! Você o trouxe para mim!?

Como um sexto sentido ele apontou a caneta em direção ao grimório embaixo do braço da garota e começou a ficar exaltado. Por baixo das sombras da boina o rosto encoberto pela barba rasa abria um sorriso imenso, e o rapaz colocava as folhas para o lado enquanto se levantava apenas com a caneta em mãos.

Enquanto ela caminhava em direção a casa do cliente, já com o livro em suas mãos, não podia deixar de pensar no que havia acontecido com Wayne ou no mínimo como aquele livro viera parar na Biblioteca, escondido no interior de um outro livro. Provavelmente deveriam haver muitos mais misterios escondidos no interior daquele livro, tais que Lyrick definitivamente não tinha o menor interesse em descobrir.

Seus olhos então fitaram o homem sentado em frente a porta com uma boina, enquanto rabiscava algumas coisas em um punhado de folhas que se encontravam sobre seu colo. Parecia realmente a visão de um homem bondoso, muito diferente daquele velho do Barão.

- Sim, é esse o livro que você queria?

Um sorriso se abriu nos lábios da garota enquanto estendia o livro em direção ao homem, que agora vinha até a jovem com um largo sorriso estampado por baixo de sua barba, era uma sensação totalmente diferente para a jovem ver como o homem ficara feliz em rever o livro.

-Esse mesmo, querida~ Você deve ser da Cait Shelter, né? Muito obrigado.

Em excitação ele tomou o livro das mãos da garota e o abriu para folheá-lo. Parecia verificar se estava tudo bem com ele. Aquele grimório deveria ter mais de mil páginas só pelo seu peso, e o tanto que o homem folheou deixando as páginas correrem entre os dedos revelam uma estimativa aproximada de exatamente dessa quantidade.

-Parece tudo em ordem. Aqui está a quantia prometida e um adicional para voltar para casa com um cocheiro já que deve está cansada..

Ele entregou uma algibeira azul-clara bem bonita para a menina, e ela podia sentir o peso das joias em suas mãos. Assim que saiu do beco ela tomou rumo de volta para Kazekami em uma carroça, e fora contado a quantidade de joias que tinham dentro daquele pacote entregue.
_______________________________________________________

Recompensas para a membra Lyrick Harneck estão computadas.

-Mach