As únicas palavras que habitavam a mente de Frederico era "Blue Pegasus", seu avô não sabia das suas reais intenções ao entrar em tal guilda, ele apenas queria poder saber o nome do culpado que fizera sua família ir para a Floresta Santa, só queria vingança.
O caminho para Blue Pegasus não era o mesmo que Frederico fazia até Magnólia, Blue Pegasus ficava bem mais longe que a sua floresta, bem mais longe que o mesmo imaginava.
Fora da floresta, tudo era novo para Frederico, o mesmo não estava acostumado com nada, com máquinas, com pessoas e muito menos com trens.
Para azar de Frederico, o único jeito do mesmo chegar ao seu local de destino era através de um trem. A princípio, aquilo era uma máquina destruidora que estava preste a explodir a qualquer momento. Os primeiros minutos de Frederico dentro daquela máquina foram terríveis, ele já estava pronto para ser enterrado, após tudo girar e várias cenas de mortes súbitas envolvendo trens virem a sua cabeça, tudo se apagou e o mesmo caiu ao chão. Realmente tudo aquilo era novidade para ele.
Horas depois, Frederico é encontra por um homem bem vestido, um pouco baixo e meio gordinho. O homem tinha um bigode bem penteado e os olhos pequenos.
(Homem) -- Garoto?! Garoto?! Tudo bem? - O homem sacudia o garoto em desespero, não era normal ver pessoas desmaiando em trens. Minutos depois o garoto acorda.
(Homem) -- Ainda bem que você acordou! Está tudo bem? - Falava o homem desesperadamente, que se culpava a todo o momento.
(Frederico) -- Hum? Onde estou? Quem é você? O que aconteceu? A máquina destruidora foi embora?! - Era pergunta atrás de pergunta, após a última pergunta feita por Frederico, deu para perceber pequenas risadas de quem passava por perto, uma grande multidão havia sido formada.
(Homem) -- Calma... Você esta na estação de trem, te encontrei desmaiado dentro do trem, você falava alguma coisa sobre "Blue Pegasus, me aguarda". Bom, se o seu destino é a Blue Pegasus, ela está bem perto daqui. - O homem então indicou o caminho mais rápido para o destino de Frederico e logo partiu dali, disse a Frederico que estava atrasado e tinha que ir.
(Frederico) – Certo, certo! - Só então Frederico havia percebido que havia uma espécie de maleta ao seu lado. Na maleta havia uma etiqueta com o nome de "Frank" e logo abaixo, o nome de uma espécie de floricultura. Frederico pegou a maleta em mãos e logo após saiu à procura do dono.
Após horas procurando, Frederico não encontrara nenhuma espécie de floricultura e ninguém com o nome de Frank. Logo, uma ideia lhe veio à cabeça: perguntar no centro da cidade sobre tal floricultura.
(Frederico) -- Er. Desculpe-me senhora, mais a senhora conhece alguém chamado Frank? Acho que ele trabalha em uma floricultura. - As perguntas eram em vão, quase ninguém sabia ou conhecia tal pessoa. Apenas duas horas depois, uma mulher loira de aparência agradável lhe deu uma resposta convincente, ela disse que a tal floricultura ficava próxima a estação de trem e que esse Frank era o dono da loja.
A partir da informação vinda de tal mulher loira, Frederico partiu até a localização indicada o mais rápido possível, o tempo estava passando muito rápido e o fim do dia estava próximo, Frederico queria chegar a seu objetivo ainda antes de escurecer, quando as coisas ficam ainda mais difíceis.
(Mulher) -- Pois não? Como posso lhe ajudar? - Falou a atendente da floricultura, ao perceber a aproximação de Frederico.
(Frederico) -- Er. O senhor Frank está? Ele esqueceu essa maleta na estação de... Trem. - Falava Frederico, evitando lembrar-se de tal máquina e do que havia acontecido no trem.
(Mulher) -- Ele acabou de sair atrás dela, se o senhor quiser esperar creio que ele voltará em instantes. - E a forma de que tal atendente falava deixara Frederico sem opção, a maleta tinha um dono apenas, o mesmo não poderia sair entregando ela para qualquer um sem verificar a chegada da mesma até o seu verdadeiro dono.
(Frederico) -- Certo. - E ali Frederico ficou por mais algumas horas, o que o mesmo tanto temia acabara acontecendo, já estava de noite e o homem ainda não havia chegado.
(Homem) -- Posso lhe ajudar? - A lua já estava na metade de seu percurso para o ponto mais alto do céu, a imagem de um homem bem-vestido foi feita na cabeça de Frederico que já estava ficando impaciente.
(Frederico) -- Sim. Estou procurando um senhor chamado Frank, ele esqueceu esta maleta na estação de trem. Por acaso o senhor o conhece? - Os olhos do homem brilharam ao ver tal maleta, era uma felicidade imensa ao vê-la voltar aos seus braços. O homem queria retribuir Frederico com uma boa quantia de dinheiro. Rapidamente o dinheiro foi recusado por Frederico.
(Frederico) -- Obrigado senhor, reconheço o seu agradecimento, porém não aceito o dinheiro. E se não se importa, preciso ir.
(Frank) -- Não, eu te imploro! Pelo menos deixa eu te levar até aonde você precisa ir.
(Frederico) -- Er, já que insiste. Não estou acostumado a andar a noite em cidades. - Frederico abria um rápido sorriso. - Estou seguindo na direção da guilda Blue Pegasus, sabe onde fica?
(Homem) -- Claro! Bom, vejo que tomei muito do seu tempo. Então vamos. - O homem juntamente com Frederico seguiu então em direção ao destino de Frederico. Após um tempo, ambos chegaram até o destino. Frederico se via na frente de seu futuro. Após alguns minutos de descanso, Frederico adentra a construção, no interior do local, vários rostos eram voltados na direção de Frederico. Ignorando os olhares, Frederico caminha em linha reta na direção da mesma mulher loira que lhe havia dado a informação de antes.
(Frederico) -- Er, gostaria de entrar na guilda. Com quem falo? -A mulher pediu para que Frederico agradasse alguns minutos enquanto a mesma iria chamar a mestra da guilda.